3.7.06

Em que cidade ela está?

A diretora de Atenção Programática do Ministério da Saúde, Cristina Roaneto, demonstrou muita simpatia durante participação em Seminário para discutir a questão da mortalidade materna e neonatal que aconteceu hoje na Unig. Mas, pelo jeito, ela não sabe que as clínicas e laboratórios conveniados à rede pública estão sem receber os repasses do Ministério há mais de três meses. Cristina também não deve saber que um rapaz de 22 anos morreu depois que foi transferido do Hospital da Posse para o Souza Aguiar para tirar uma tomografia já que o tomógrafo da unidade estava quebrado mais uma vez. Cristina também não deve saber que uma gestante de 16 anos, moradora do bairro de Comendador Soares entrou no quinto mês de gravidez sem conseguir fazer uma ultrassonografia porque não consegue marcar o exame na rede pública. A nobre representante do Ministério da Saúde também não sabe que a população de Nova Iguaçu não consegue mais fazer um simples exame de sangue sem antes esperar mais de dois meses. Com certeza, ela também não sabe que para fazer cateterismo a Secretaria de Sapude transfere o paciente para Volta Redonda. Se ela soubesse disso tudo, talvez não tivesse elogiado tanto o governo Lindberg.

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